As gotas de chuva não cansam de abrir pequenos buraquinhos na terra, terra esta que exala cheiro forte, vento que arrepia a pele, solidão que me faz pensar. Não se veêm estrelas, nem tampouco a beleza da noite, tudo se encontra fechado, frio, chuvoso, solitário... talvez, uma mera coencidência que representa meu estado de espirito do dia.
Encarei minha face frente ao espelho e tentei enxergar que só de coisas boas eu vivo - e eu as tou vivendo - mas o meu sapato começou a apertar e o calo a doer e eu tive que reparar os machucados que minha pele possuia e que me infligia dor, foi decepcionante. Eu acredito nas pessoas, eu acredito em sentimentos, na pureza, na inocência, na beleza, eu acredito e sinceramente eu gosto. Mas no cantinho reservado que me encontro, a sobriedade entrou sorrateiramente e invandiu, fez confusão e foi embora, deixou no ar o peso da sua presença, deixou em mim marcas das sua invasão, me fez analisar tão criticamente certas situações e é por elas que talvez eu esteja assim, sendo até difícil ter que admitir que ando meio desacreditada de sentimentos, de boa vontade, de pessoas -algumas-, de excesso de zelo, sinceridade, fofura... nada possui tantas qualidades, ninguém possui tanta doçura assim. É, estou frígida e azeda, ando iludida e isso é decepcionante para mim, para vida que levo, para as coisas que acredito, para a doçura que possuo. Porém, sabendo que é apenas uma fase, e que tudo passa, eu espero que amanhã, quando o sol se abrir, meu eu se ilumine e eu possa rir de todas essas ilusões e confusões particulares mediocres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário