' E ainda que as forças me escapem de minhas mãos. Ainda tenho o poder da oração. '
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
eu JURO!
Juro que tentei não chorar quando a saudade apertou, quando deu vontade ou quando os momentos ruins se aproximaram e eu me encontrei só. Juro que tentei não me incomodar com nada que viesse e se relacionasse com você, afinal minha prática de paciência e a minha flexibilidade contigo, sempre surpreendeu até a mim mesma. Juro que tentei acreditar que estamos em um conto de fadas que vai chegar no fim, um 'pesadelo' e vamos despertar ou que apenas viajamos para lugares diferentes e distantes e daqui a pouco estaremos na nossa casa, sendo felizes, juntos. Além de tudo, juro que tentei ser feliz sem olhar para trás - mas em tudo ainda há um pitada do passado, não tão distante ... que perturba ainda com meus sentidos, minhas vísceras, meu humor. Juro que tento até hoje, eu JURO!
Em outras palavras...
Sentados numa mesa de bar, corpos relaxados, olhares dispersos, conversa descontraída, pequenos risos soltos. De repente o corpo dela contrai, o estômago embrulha, o coração dispara, a boca balbucia palavras rápidas e nervosa... nada do que se foi pensado. Por mais que tivesse percebido o seu amadurecimento pessoal e a estagnação dele, ela quis TENTAR. Queria se arrepender por ter tentado, desistir por ter tentado, ter a consciência que, simplesmente, tentou. Ele não. Disse não. Não disse não. Ela que entendeu como um não. Ele disse algo incerto. Incerto como o que vinha acontecendo entre eles. Incerto como ela acha que foi os olhares e os sorrisos dele que não correspondia com as respostas dadas. Incerto como eles dois. Ela não sabe o que toda essa incerteza significa. Significa o que? Significa nada, talvez. Ela que talvez, é idiota a ponto de pensar que ainda há esperança, que tudo vai voltar ao seu lugar ou o que ela chega a achar que é o seu lugar. Pura tolice dela, talvez, SÓ ILUSÃO!
... depois do 'não'
Pontuei mais algumas coisas engasgadas:
' Depois de 10 meses para mim já chega, apenas pelo fato de eu precisar de alguém comigo, alguém por inteiro. E se não puder ser você por inteiro, não quero aos pedaços, afinal eu não sou apenas uma dama de companhia ou sua mãe, eu te dou minha vida todas as vezes que estou com você, e até as que não estou e sou bem mais que a mim, por você... e começo a querer reciprocidade. Essa decisão de hoje pode mudar muitas coisas entrenós, mas a amizade que continuar será para mim a esperança que ainda há algo entre nós, e se isso não for mais possível eu fico com essa ilusão só pra mim.'
Idiota que sou, como sempre.
Ato de coragem.
Eu cheguei e falei, na lata:
'Desde o dia em que te vi morto, em meus sonhos e acordei desesperada com essa possibilidade eu venho pensando em te dizer tudo isso... Te dizer que você ainda, depois de 10 meses tem sua importância para mim - mesmo com todas as suas imperfeições e as decepções que tive com você, assim como as que você teve comigo que foram de uma ingenuidade que nem sabia que eu possuía. Eu posso não te amar, como um dia amei, mas eu sinto que ainda existe algo, e sabendo disso eu te peço a chance de poder me fazer feliz como eu não consegui fazer no primeiro momento em que estivemos juntos. Queria te pedir a chance de gostar de você como se fosse a primeira vez - aquela primeira vez- e tentar fazer você gostar de mim, pelo meno um pouco do que já gostou... Eu queria te pedir uma nova chance de ficarmos juntos. E mesmo sabendo se é certo, não sei se daria certo, mas seria bom tentar, eu quero tentar, volta pra mim?'
- Só pra constar, ele olhou pra mim com aqueles olhos dele de indecisão, mordeu os lábios e me perguntou mais uma vez se daria certo. Também me pergunto todos os dias - será que daria? A resposta é simples: - Só tentando pra saber.
' dias de perdas
Bom, o que aconteceu esses meses que estive longe daqui?
Perdas. Perdas próximas. Perdas definitivas, perdas para a morte, perdas para vida, sendo que todas perdas doeram e ainda doem.
Doem com lembranças, com saudade, com ausência, com possibilidade de voltar e não querer, falta de possibilidade de voltar.
Perdi para a morte uma pessoa maravilhosa...
perdi a certeza de que eu teria sempre carinho, teria sempre com quem contar, que apesar dos resmungos e da velhice que vinha se aproximando, assim como a doença que consumia eu teria sempre a carona de todo dia, como os beijos e abraços de toda hora. Deus me deu a oportunidade de conviver e colocar na minha vida pessoas maravilhosas, assim como meu avô. Lindo, forte, jovem, mas teimoso.... teimosia que tirou um pedaço da minha vida que vai ser restituída no momento que nos encontramos em outras dimensões. Ele se foi me deixando uma missão, que honrosamente eu estou cumprindo: cuidar da pessoa que ele mais amou em vida - minha vó, e é junto dela que essa perda doí mais... e me deixa tranquila com a certeza que ele tá intercedendo por nós, junto com Deus, só para que coisas boas aconteçam em nossas vidas ...
e daí que tomei coragem e perdi alguém para a vida...
Resolvi abrir meu coração e conversar com quem tomou conta do meu coração e não deixa ninguém mais se acomodar. O homem que conseguiu balançar minhas estruturas a ponto d'eu não conseguir me reerguer mesmo com 10 meses passados. Coloquei ele na parede e todo nosso envolvimento acabou, foi posto um fim, por mim.
Fui forte e decidida, afinal eu quero viver!
... e eu sei que não estou só. Coisas que eu nunca perderei.
Não partir...
... pelo menos não agora.
Estie olhando alguns blogs e me perguntando como esse espaço virou tão banal, as pessoas tem blogs pra tudo... e até pra nada. Vai ver que isso facilitou a me entediar a vim aqui, desfrutar do meu espaço. Daí voltei a escrever à moda antiga, à caneta, à mão. Até que pensei, se elas escrevem o que querem porque eu não posso fazer isso? E lembrei dos dias difíceis que andei tendo nesses dois meses que não passei por aqui. E que meses!
Mais voltei. E quando estiver perdido ou até achado, eu voltarei. Como voltei.
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